E cada gota de orvalho
cada botão de jasmim
falam calados
sua linguagem vegetal
que não se pode entender
e entanto vive
– a fala muda da indiferença
enfeite bruto na vida paralela
e nova
cada manhã.
Nem sabem
o que é inveja.
Nem sabem dar as mãos
verdes de sol.
Serão felizes, as plantas?
11 comentários:
Com certeza mais do que nós, dade. beijo.
Nossa! Que bela descrição da vida vegetal; muda, indiferente, paralela e nova a cada manhã.
Felizes as plantas? Talvez, se a felicidade for não desejar nada.
Abraço.
nossa...
ficou muito bom!
lembrei de um livro viajado que li a alguns anos atrás chamado "a vida secreta das plantas", uma loucura...
bjo
As plantas dão-nos, a nós, a felicidade. É preciso mais?
serão felizes, as plantas?
não sentem dor, os metais?
perguntas que não consigo responder...
Não dão as mãos
mas beija-flor
sabe o gosto delas.
Beijo doce em ti, já estava com saudades dos seus versos.
ah vontade de aprender essa linguagem vegetal,
beijo
Oi Dade,
lindos e abundantes versos como de costume... Certamente as plantas são felizes e muito... Bj com carinho.
Certamente são felizes!
A beleza, o colorido, o viço são prova do que digo...
Lindo poema!
Abraço, Dade...
Basta ver como crescem verdejantes, se desdobram em flor e na abundancia de sementes que produzem, para que se acredite serem felizes.
Muito belo o seu poema.
Beijos, verdes
Dade,
Também li a Vida Secreta das Plantas, mas só lembrei ao ler outro comentário.
Minha mãe conversava com as plantas e eu sempre achei isso incrível.
Uma manhã no jardim... trouxe muitas lembranças.
Beijos,
Carol
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