Enquanto o olhar insistia em ver contornos
no escuro
e os momentos pesavam como gotas
sobre um lago na chuva
o avião passou
e dividiu a noite.
Enquanto o sono fugia
redescobriu o tempo
e a novidade antiga
além dos muros.
Mais longe
de onde os momentos vinham
o avião chegava a uma terra estranha
que ele bem conhecia.
14 comentários:
Maravilhoso, Dade.
Um beijo.
Lembrei de Mario Quintana:
"Hoje me acordei pensando em uma pedra numa rua de Calcutá.
Numa determinada pedra em certa rua de Calcutá.
Solta. Sozinha. Quem repara nela?
Só eu que nunca fui lá, [...]"
Muito bom.
Beijo.
Gostei mesmo muito, amiga!Beijo
um jato passou
rasgando os céus
levava
meus anseios
e devaneios
pra bem longe
quando o céu se abre
os olhos despertam
e o véu por terra cai.
Muito bonito, Dade!
Um beijo.
Jefferson.
Perfeito, Dade.
No vai-e-vem do tempo e dos sonhos, nós, nossos desejos e muitas descobertas.
abraço imenso e boa semana!
Essa imagem do "avião" tocando em solo estranhamente conhecido me é tão presente! Que bonito, Dade. Bjos!
São as redescobertas que nos provocam um brilho especial no olhar e nos arrancam sorrisos de criança da face! Gostei muito!
Um grande abraço e tudo de bom,
Samuel Pimenta.
Dade,
Linda essa tua redescoberta que dicidiu a noite.
Beijos,
Carol
Poema de transpor as barreiras dos son(ho)s, da visão, do peito.
Beijos!
"Todas as manhãs o aeroporto em frente me dá lições de partir." - estou desde ontem com esse verso de Manuel Bandeira na cabeça.
Tem pouco com o seu poema? Não importa, faz de conta que tem. O avião dividiu a noite. O avião chegou a muma terra estranha.
O estranhamento da poesia. O fluir da beleza.
Um beijo.
Oi Dade,
é sempre um prazer vir aqui... Adorável poema. Bj.
Viagem de ida e volta em torno de um sonho. Um poema muito bom. Beijos.
Lindo, DADE!
Essa terra estranha, acho que nós todos já passamos por ela.
Beijos
Mirze
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