No mar da noite moravam
sereias feitas de espuma.
Sementes de sal na boca
o vento plantou salinas
no fundo da maré cheia
pra temperar as sereias.
Um barco branco levava
a prancha branca da lua.
Sementes de amor nos olhos
o vento enterrou a lua
numa salina distante
pra jantar de madrugada.
Acompanhantes da lua
toda apagada de triste
sereias petrificaram
sementes de dor no peito.
O vento baixou a crista
e foi chorar noutra praia.
7 comentários:
Belo poema, Adelaide. É música com palavras.
Beijos
Mar e dor - macho. As fomes são fêmeas que desarvoram e deságuam no tal MAR com gula. E Chet, sua voz ou trumpete, é imortal. Uma voz inconfundível - a dele. Eu leio e fico sentada ouvindo a tua playlist.
Beijos, Dade.
Oi,
sapequei um poema seu no Balaio.
Abraços.
que beleza de ritmo, Adelaide. Um prazer ler este poema.
Beijos
Jefferson
Alucinatório seu poema! Muito bom!
Ás vezes acho mesmo que a vida é sementeira. Mas quem é que semeia?
Naveguei neste poema, Dade. Lindo.
beijo, menina!
triste...
(ai, qdo eu fico triste, só penso em comer, comer, comer...) =P
=*
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