Psycho-vamp. Sem menção de autor.
Diante do espelho
e cego
o descendente do vampiro
remorde o nada.
Todas as noites sonha com donzelas
e acorda alucinado
sem os dentes de fio.
As mãos lhe tremem
o mundo está vazio e escuro.
Tem só duzentos anos
come rações de frutas
papas de nata com ovos
polentas ralas
e às vezes alguma truta bem cozida.
Apenas seu vizinho
lobisomem
aposentado fraudador da previdência
tem dó de suas perdas e o socorre
com ratazanas da feira de segunda.
É um banquete irrisório
e mesmo assim
No oitavo andar do prédio modernoso
o gigante dos irmãos Grimm já quase expira
dobrado no pé direito de três metros
trancado pela rainha
que já não corta cabeças
mas treme
ouvindo a voz de trovão de Barba Azul
interno do andar de cima.
4 comentários:
Dá-lhe, Dade!!
hahahaha desculpe, eu tive que rir com a imagem que fiz do vampiro banguelo. A imagem do post não apareceu pra mim. Muito original! Beijus,
Uau!!! Abraços alados azuis, caríssima Adelaide. SAudades de passear por aqui... Andei viajando e distante, mas as naus também voltam... Beijos, também.
Hilário, mesmo. A mitologia na terceira idade!!!
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