sexta-feira, setembro 03, 2010

Estranheza


Entre quem ele é agora
e o que foi tantos anos antes
o muro é sem passagem.

Foi longo o percurso da volta
e o rosto antigo
está coberto de parasitas.


10 comentários:

Unknown disse...

Belo, Dade!

E enigmático-profundo! Como existem tipos assim.

Beijos

Mirze

João A. Quadrado disse...

[percurso de muralha é de pedras plantado: quem as semeia o que poderá colher?]

um imenso abraço, Amiga Dade

Leonardo B.

Anônimo disse...

Assusto-me ao encontrar certas pessoas depois de um tempo, creio que elas tbm a mim.

Beijo, bom fim de semana.

Unknown disse...

ás vezes eu penso que o estranho sou eu, que não percebia o outro,

beijo

Jefferson Bessa disse...

Num poema, cabem estranhamentos como tantas outras coisas. Em torno do passado, essa experiência nos diz...
Gostei muito, Dade!
Um beijo
Jefferson

Úrsula Avner disse...

Oi Dade,

simplesmente belo... Profundidade e sensibilidade em versos. Bj.

Gerana Damulakis disse...

Forte, dade.

Patrícia Gonçalves disse...

Este caminho sem volta é o mais doído!

Obrigada pela visita, moça!

beijo grande!

Sônia Brandão disse...

A estranheza do outro também está em nós.

bjs

Nilson disse...

Estranhamento: me reconheço nesse poema, e não. Será o muro?