sexta-feira, abril 12, 2013

Vigília



 

O que resta de mim no fim do dia
são desenhos a têmpera
a construção desfeita
e a que renasce no mundo escuro.

O tépido e o lembrado
em traços diluídos de uma tinta
extraída do mar.

Linha desfeita em águas de vigília
na superfície do quarto
campo e guerra.

11 comentários:

Fred Caju disse...

Têmpera e vígila são duas palavras que gosto bastante. Ver elas num único poema é maravilhoso pra mim. Falando sério mesmo.

Unknown disse...

o que resta ainda é espanto



beijo

Anônimo disse...

Isso é belo demais. Identificação grande com este poema.

Beijo, Dade querida!

marlene edir severino disse...

À superfície!
na vigília

Abraço!

Teté M. Jorge disse...

À espreita... esperando... que mágico!

Beijos.

Anônimo disse...

Belo demais...
Beijos!

Aloísio disse...

"na superfície do quarto
campo e guerra" - isso é magnífico, Dade.

Beijo.

Luana disse...

Adorei, Dade!

Beijos.

ALUISIO CAVALCANTE JR disse...

Querida amiga

O que resta
de mim ao fim do dia?
Nem isso sei
mais ao certo...

Acorda a alegria em ti,
como quem acorda uma pessoa muito amada...

Nilson Barcelli disse...

A tua poesia é fabulosa.
Mais um excelente poema, querida amiga Dade.
Um beijo.

Unknown disse...

Perfeito, o que nos resta ao final, campo e guerra, recomeçar a têmpera no dia seguinte, sonho e escrita como possibilidade de habitar outro mundo.

Um beijo enorme, poetisa