domingo, julho 29, 2007

Pavana


E. Munch. Melancolia.


Bailarina
corpo sem peso
na sapatilha de ponta
estrita borboleta
– quem te tirou pra dançar?

Acima da plateia
entre seus voos
um duplo imponderável de matéria
: corpo que dança
acorde inacabado
e uma pavana sem fim
de solidão.

3 comentários:

Márcia Maia disse...

Essa"uma pavana sem fim/de solidão" é de uma solidão imensurável. Chega a doer.
Beijo daqui.

Márcia Maia disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Melissa disse...

E ao mesmo tempo tudo se traduz em leveza!

Beijos