Sempre soube
do bairro silencioso onde nasceu
das rachaduras em cada calçada
e ainda assim
imaginava a hipótese improvável de
uma surpresa naquela paisagem.
Talvez até desejasse uma mudança
que a integridade pede para ser quebrada
e entanto não lhe ocorria saída para o tédio
nos dias tão iguais desses lugares.
No bairro silencioso
ele esquecia
: em torno do silêncio
zumbe o mundo
e uma propagação de esferas
consteladas.
do bairro silencioso onde nasceu
das rachaduras em cada calçada
e ainda assim
imaginava a hipótese improvável de
uma surpresa naquela paisagem.
Talvez até desejasse uma mudança
que a integridade pede para ser quebrada
e entanto não lhe ocorria saída para o tédio
nos dias tão iguais desses lugares.
No bairro silencioso
ele esquecia
: em torno do silêncio
zumbe o mundo
e uma propagação de esferas
consteladas.
4 comentários:
Bom dia caríssima, que delícia de versar esse seu. Trouxe-me saudades para dentro de mim e a lembrança correu solta pelas veias...
Postei um poema seu na nova edição do Coletânea "Madrugadas Urbanas" é um poema antigo que participou de uma antiga publicação do coletânea, mas me pareceu tão próprio a madrugada que lá está. Espero que não se importe.
Deixo-te meu abraço e sigo pelas calçadas com suas rachaduras...
Que poema lindo! Se eu hoje pudesse escrever um poema para traduzir o que senti neste iria ter um dia cheio de alegria, e no entanto como é melancólica a beleza do poema.
Que poema lindo! Se eu hoje pudesse escrever um poema para traduzir o que senti neste iria ter um dia cheio de alegria, e no entanto como é melancólica a beleza do poema.
Adade,
Lindo poema!!
Fez-me pensar bastante e sentir o mundo que passa na minha estreita calçada.
Beijos,
Carol
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