segunda-feira, março 23, 2009

Augúrio


M. Botas. Auto-retrato.

Quando o céu invade o quarto
perdulário de voos e pétalas e vento
e é de manhã
e saltam das paredes espelhos
insensatos
no mundo novo filtrado
pelos olhos
os mares derramando as
vozes loucas de sereias mudas
é que a manhã promete.

4 comentários:

Alfredo Rangel disse...

Adelaide, que belo passeio este feito pelo teu blogue. Quanta doçura, quanta coisa dita de maneira tão poetica. Quanta verdade.
Leia o comentário que deixei no "vozes". Veja lá como nos identificamos.
Beijo

Iara Maria Carvalho disse...

apaixonei...
coisa mais plangente
translúcida e sonho.

manhãs prometidas, nós te queremos!

beijos...

Anônimo disse...

o assombro de vermos a manhã com um novo olhar para o mundo.

Um abraço.

Maria Azenha disse...

Adelaide,

gostei imenso do poema!!!


beijo,

mariah
***

Claro que pode usar ..."de um papel velho
de milenários anos
o poema é composto"
para epígrafe ...se o desejar ...

P.S. O Mário Botas é excelente.