Se ensaiasse voar no fim daquela noite seria o mar aberto o brilho cego do abismo e a aurora sobre as copas ao fim do voo. O dia um ganho inesperado, se conseguisse deslizar alada, cheirando a frutas e flores, e se cortasse os ventos, hastes, cabelos trançados de aves, águas riscadas e a terra que tremesse. Longe do grande barco, plana distante do alto do nono andar em círculos isentos e quer a vida branda das paisagens. Larga as cortinas sem medo do trânsito engarrafado que ainda ruge às dez da noite.
5 comentários:
Querida Dade,
Tenho me alimentado muito da tua poesia, assim como os amigos.
Esse teu vôo tem acontecido e sempre (creio eu) começando bem de dentro e passando para outros sonhadores alados.
Sempre muito bom vir aqui.
Beijos e boa semana para nós!
Carol
Dade,
"se ensaiasse voar no fim daquela noite seria o mar aberto o brilho cego do abismo e a aurora sobre as copas ao fim do voo". Quem começa um poema cursivo assim (poesia-em-prosa) ou sabe muito bem por onde anda/voa, ou cai no caminho. Vc sabe planar!
:)
Gostei muito do texto!
Beijos,
Marcelo.
Lindo poema.
Dadi!
Tem selo para vc. em curiosa. Passe lá. É um presente.
Com carinho
Sandra
Gostei demais.
Bjs
barco
que
ascende
porto
que
acende
*bom fim
de semana*
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