quarta-feira, julho 01, 2009

Romance



E. Munch. Vampiro.



Impossível imaginar que alguém
pudesse lançar raízes secretas
nas veias de outra pessoa
e começasse a falar por sua boca
ver o mundo de seus olhos
e plantasse insuspeitado uma semente
do mais ineludível dos desejos
em sua vontade
até que
todo brotado de rosas e raízes
hera e jasmins monitorando o hálito
ele investisse a vida
os gestos penhorados
e emaranhasse o próprio enleio às pernas dela
pelo tempo dos espelhos combinados.

8 comentários:

Iara Maria Carvalho disse...

que coisa mais linda, Adelaide!
como imaginar tamanho aceno de beleza, entre as pernas e entre as almas nascido e conquistado?!

beleza de versos e de imagem...adoro!

beijos...

meus instantes e momentos disse...

foi muito bom conhecer teu blog, gostei daqui.
Volto, com certeza,
Tenha uma linda noite...
Maurizio

Carol Timm disse...

Dade,

Cada vez eu gosto mais dos teus poemas.

Este é para reler muito.

Beijos,
Carol

Sônia Brandão disse...

Dei uma passeada pelos seus blogs e gostei do que vi.

Agradeço a sua visita.
Um abraço.

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Nossa! Que jeito doce, delicado, belo e sutil de falar de amor e sensualidade... Eu amo as sutilezas, parabéns!

Beijos

Ariadna

Anônimo disse...

Que lindo Adelaide!


Um beijinho

Katyuscia disse...

Um poema para ler, reter, observar, absorver... assim, com os sentidos todos... e arrepiar. Katyuscia.