Sempre que penso em você
lembro da música
durante a viagem de barco
ouço a cantora grega
a voz dentro de um contorno
nítido e lhano.
Nada entendemos da letra
mas vivemos tudo
olhando o mar das ilhas
nesse silêncio cheio de falas
de todas as linguagens.
Penso em você
como naquela tarde
de tanta gente alegre
na coberta das mesas
de como nos tocava
uma alegria sem nome
a tradução nos pulsos
solta sobre a cidade
as aves
planando sobre o barco.
8 comentários:
Quando o sentimento é forte assim, lembramos que havia música boa, céu rajando, mar a ninar, mas o que marca mesmo são os detalhes que guardamos da pessoa amada.
Beijo!
Há musica nas boas lembranças, sim, dade. E cheiro e cores e tudo mais - Estão bem vivas. Difícil é traduzi-las assim, num poema como este. Lindo. Beijoos.
Cantora grega não se entende mesmo... mas sente-se... sem tradução...
Querida amiga, gostei imenso do seu poema. É excelente. Parabéns.
Beijos.
Que bonito e distante, que enevoado e tocante. Pude ver tudo, voando lado a lado com seu poema.
ps- menina, que fôlego, quanto blog, e todos bacanas....
Memória traduzida no som
da música dos mares. Bela leveza tem seu poema.
beijos, Adelaide.
Tão musical, como sempre! Tava sentindo falta tb desses teus versos diáfanos!
"nos pulsos a tradução" - o coração traduz todas as línguas...
Beijo encantado
César
Sabes, muitas vezes, acordado ou dormindo, eu retornei a este navio, revi os pássaros, as poltronas, a musica,e principalmente o mar mais azul que jamais vimos. Temos o direito de tornar a vivê-lo e o faremos, um dia.
Beijos
Fá
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