terça-feira, julho 20, 2010

Janela

Janela sem paisagem
sonha só de ouvir dizer
os mares, as luzes longe
o sol escorregando
pelo dorso da cidade.

Pensa florestas
escuta a chuva.
Numa nesga de céu
pela vidraça
vê o infinito.

Janela sem paisagem
queria tanto a estrela da manhã
na madrugada
e dorme
sempre fechada.



dade amorim






Fábio é um amigo recente, desses que a gente gosta de graça. Ainda mais conhecendo os poemas dele, espontâneos como esse In-venta, que parecem refletir a personalidade de seu autor.  

IN-VENTA
 
por entre as nuvens 
o sol se espreme 
e cisma 
e empurra 
e passa sozinho 

iluminuras de sorrisos 
olho de fogo que se abre 

caminho  

Fabio Rocha

12 comentários:

Fabio Rocha disse...

Dade querida, uma honra o meu sol na sua janela. Obrigado. Beijos!

Unknown disse...

da tua janela vislumbro alumbramentos e é pura iluminação-iluminura o poema do Fábio,

beijo

Graça Pires disse...

Gostei do poema de Fabio Rocha.
É preciso inventar a paisagem...
Beijos.

Breve Leonardo disse...

[ao horizonte, hoje, acontecer não lhe apetece... a paisagem, com ou sem hora, marcada, não aparece]

um imenso abraço, Amiga Dade

Leonardo B.

Canteiro Pessoal disse...

Dade, que bela homenagem, Fabio é merecedor, suas partituras são exuberantes, irresistíveis.

Bela imagem querida.
A propósito, seu cantinho amada é maravilhoso.

Abraços

Priscila Cáliga

nydia bonetti disse...

Também gosto muito da poesia de Fábio, Dade. E a produção dele impressiona. É preciso inventar - paisagens e janelas - e esperar pelo vento. beijos.

Marcantonio disse...

Janela sem paisagem, pálpebra cerrada, retina ansiosa.

Beijo.

Anônimo disse...

"o sol escorregando
pelo dorso da cidade". Que linda essa imagem, Dade.

E o Fábio eu já conheço e admiro, bom vê-lo aqui.

Beijos.

Úrsula Avner disse...

Oi Dade,

também admiro as poesias do Fábio e quanto ao seu poema é simplesmente encantador com lindas imagens poéticas... Amei a postagem! Bj,

Úrsula

Anônimo disse...

Conheço a poesia do Fábio de longa data... desde quando ele reverberou: "Não pise na grama", "Delivery" e "tudo pelos ares", dentre os meus preferidos.

Ele pratica magia aqui:
http://www.fabiorocha.com.br/ind.htm

Encontrá-lo em blog foi um deleite.

E tuas janelas, Dade, são braços que emolduram esses poetas tão bem.

Beijos aos dois.

Ianê Mello disse...

Querida, isso é verdade. Às vezes é necessária uma parada.

Fechou com chave de ouro.


Grande bj e até sua volta.

Lou Vilela disse...

Diálogo de encantos...

Parabéns aos dois! ;)

Bjs