Que pena
andar em calçadas conhecidas
e nem ao menos
chegar ao arvoredo na pracinha
onde há mais sombra
para a conversa
e os insetos
criam um ruído de rampa
no cascalho liso
O mais provável
no entanto
é sempre o não falado
a estrutura submissa do desejo
a alternativa
ao que não pode ser
mais do que o hálito
ou um gesto
do qual toda esperança.
se apagou.
se apagou.
12 comentários:
" o não falado, a estrutura submissa do desejo..." Grande profundidade existencialista se esconde nestas linhas que caracterizam todo o aspecto intimista do poema Dade. O inconsciente a nos espreitar... Lindo ! Bj.
O que se quer e o que a realidade permite, um contraste em branco e preto, tantas vezes insuportável em nossa vida. A vida podia ser bem mais simples, se podia! E o poema nos mostra isso de modo claro e direto. E é lindo demais.
Beijos.
A falta, o sempre. O que não foi dito e a esperança que se apagou. Este poema é trise, minha poetisa. Mas é especialmente lindo. Beijo
Perfeito, Dade!
Essa é a verdadeira face da falta que muitas vezes não conseguimos entender.
Mas falta.
Beijos, poetisa!
Mirze
o não dito corrói,
beijo
O cometário sumiu!
Mas o poema continua lindo.
Beijos.
Dade! Meu comentário também desapareceu... Saudades! Beijo
Dade, o blogger continua aprontando...
Beijos
Gostei das tuas palavras poéticas. O poema é magnífico.
Beijos, amiga Dade.
do pouco, do quase nada, da falta
se pode fazer. Um beijo, Dade!
Jefferson.
com gestos nos anunciamos, nos gestos nos escondemos. [quase] tudo é simbólico no ser humano...
dade, querida, acabo de te ler lá no viagens de luz e sombra. que saudades de te ler e dessa bendita coluna do meio que deixaste a marinar :); reencontro-te aqui, em intimidade plena com a palavra e os seus dizeres e silêncios. gratificante!
beijos, doce amiga!
Poema outonal. Belo, Dade.
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