Caminhos dágua correm nos sentidos
quase em silêncio
de labirinto.
Asas de sulcar a terra
transluzindo
caminhos dágua são nossos
de navegar.
Guardam histórias
de ventania
conchas
escória e
restos de ilhas.
Vestidas de morte e grito
águas podem mais que a vida
: inventam túmulos
engolem corpos
engrossam o abismo
e cavam guerras.
Caminhos dágua
margeiam nossas vidas
sem registro.
7 comentários:
Nossa, é como se você tivesse juntado Tales e Heráclito! Poema marcante e original. Caminhos pluviais, fluviais. Aluvião. A estátua de Netuno em bronze "soterrada" pela
água.
E, no entanto, somos quase água, que tem também caminhos verticais, vaporosas ascensões de ciclos entre a terra e o céu.
Beijo.
Essas águas caminham aos olhos, limpam o olhar - belíssimo
beijos
por onde olhos água há de rachar,
beijo
A chuva de ontem à noite levou todas as palavras que eu poderia usar pra falar desse seu poema.
Beijão, Dade.
obs: Gostei muito do novo visual do Inscrições.
Maravilha, Dade!
Eis porque as águas me atraem. Elas podem mais que a vida. Somos água!
Beijos
Mirze
Maravilhosa metáfora, de remover sulcos.
Beijo!
Oi Dade,
águas poéticas inundam esse seu espaço virtual... Lindo poema, como de costume. Bj,
Úrsula
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