domingo, junho 24, 2007

Babel



Às margens do asfalto
os edifícios desenham a vida
como se fossem os ossos da cidade.

Tanta gente indo e vindo
e os pensamentos são linhas de cerol
enquanto os mutilados misturam
os passos.

A quem pode importar
o que se sente
e o que expressam
esses rostos velozes de
fotogramas em preto-e-branco?

Ninguém conhece
as línguas que falamos
se mais que exíguo
o tempo nos confronta
nesses momentos incivis
perdidos em Babel.

Um comentário:

Maria Azenha disse...

as cidades são mesmo cidades babel...
que belo retrato em movimento ,gosto imenso.

beijo,

mariah