segunda-feira, novembro 08, 2010

Áugure




Chega à janela
na esperança de encontrar
a pomba branca
em algum lugar do asfalto
ou sob o sol
no alto dos fios.

Busca sua luz de penas
em voo bonito de ver
contra azul verde
ou sombra.

Nem sempre a vê
mas crê que lhe dá sorte
bem perto da janela.
O que você espera?
– perguntei
e ela não soube explicar.


Nem tudo cabe
em palavras.

8 comentários:

Zélia Guardiano disse...

Magnífico poema, amiga Dade!
Do começo ao fim, uma riqueza, com ênfase para o fecho: Nem tudo cabe em palavras...
Verdade absoluta!
Enorme abraço da
Zélia

Unknown disse...

o que diz o vôo do pássaro, profecias que se expressam no ar


beijo

Anônimo disse...

A viagem dos olhos pela paisagem é indecifrável, mas aqui vc diz tudo tão bem e lindamente!

Beijo.

Rayanne Chagas disse...

"Nem tudo cabeem palavras."

Adoro sempre passar aqui =*

Unknown disse...

Verdade!

Muito pouco cabe em palavras!

Lindo demais!

Beijos

Mirze

Sônia Brandão disse...

Você tem razão, Dade, nem tudo cabe em palavras. Por isso o poeta transforma as palavras em imagens.

bjs

MariaIvone disse...

"Nem tudo cabe em palavras"`
É bom que o saibamos, para que possamos compreender os silêncios que, por vezes, nossa perguntas geram.

Abraço apertado
MariaIvone

Graça Pires disse...

Uma pomba branca cabe em todas as palavras. Mesmo que fuja. Mesmo que se esconda..
Um beijo, amiga.