terça-feira, fevereiro 22, 2011

Vigília

O que resta de mim no fim do dia
são desenhos a têmpera
a construção desfeita
e a que renasce no mundo escuro.

O tépido e o lembrado
em traços diluídos de uma tinta
extraída do mar.

Linha desfeita em águas de vigília
na superfície do quarto
campo e guerra.

10 comentários:

nydia bonetti disse...

No fim do dia, acho que o que somos de verdade desperta... Beijos, dade.

Daniela Delias disse...

Dade, é incrível como os teus versos falam por mim...e esses são especialmente lindos! Bjos!

Unknown disse...

esse dói de beleza,


beijo

Anônimo disse...

No fim do dia resta a trégua, até a guerra do dia seguinte.

Beijo, Dade!

Anônimo disse...

A construção desse poema é uma joia, Dade.
Beijos da
AnaC

Unknown disse...

Demais, Dade!

"O tépido e o lembrado em traços diluídos de uma tinta extraída do mar"

Sem comentários!

Espetacilar!

Beijos

Mirze

MariaIvone disse...

Com o que nos resta no final do dia constrimos o amanhã.

Beijo, Dade

Marcantonio disse...

A têmpera é opaca. A noite a dilui numa aquarela marinha-notuna, esmaecida.

Mas eu lembrei de dois auto-retratos de Munch: "Auto-retrato entre a Cama e o Relógio"; e "O Noctâmbulo". Claro, pela vigília noturna como uma atividade bélica interna contra o sono.

Beijo, Dade.

Luiza Maciel Nogueira disse...

Oi Dade obrigada pelo elogio, e é lógico que não me importo que você guarde a imagem do Mar III, ela é um desenho antigo que fiz. Fico muito feliz que você tenha gostato dele.

Bom, a tua poesia me lembra um pouco do mar de Van Gogh, eu acho perfeito a forma como as ondas/ os versos - se destacam juntamente com a tinta.

beijos

Anônimo disse...

Adelaide, cada vez gosto mais de teus poemas.
Beijos,
Ivan

PS: Seguiu um e-mail sobre o curso da Casa do Saber. Se puder, me dá um retorno, ok?