O que resta de mim no fim do dia
são desenhos a têmpera
a construção desfeita
e a que renasce no mundo escuro.
O tépido e o lembrado
em traços diluídos de uma tinta
extraída do mar.
Linha desfeita em águas de vigília
na superfície do quarto
campo e guerra.
10 comentários:
No fim do dia, acho que o que somos de verdade desperta... Beijos, dade.
Dade, é incrível como os teus versos falam por mim...e esses são especialmente lindos! Bjos!
esse dói de beleza,
beijo
No fim do dia resta a trégua, até a guerra do dia seguinte.
Beijo, Dade!
A construção desse poema é uma joia, Dade.
Beijos da
AnaC
Demais, Dade!
"O tépido e o lembrado em traços diluídos de uma tinta extraída do mar"
Sem comentários!
Espetacilar!
Beijos
Mirze
Com o que nos resta no final do dia constrimos o amanhã.
Beijo, Dade
A têmpera é opaca. A noite a dilui numa aquarela marinha-notuna, esmaecida.
Mas eu lembrei de dois auto-retratos de Munch: "Auto-retrato entre a Cama e o Relógio"; e "O Noctâmbulo". Claro, pela vigília noturna como uma atividade bélica interna contra o sono.
Beijo, Dade.
Oi Dade obrigada pelo elogio, e é lógico que não me importo que você guarde a imagem do Mar III, ela é um desenho antigo que fiz. Fico muito feliz que você tenha gostato dele.
Bom, a tua poesia me lembra um pouco do mar de Van Gogh, eu acho perfeito a forma como as ondas/ os versos - se destacam juntamente com a tinta.
beijos
Adelaide, cada vez gosto mais de teus poemas.
Beijos,
Ivan
PS: Seguiu um e-mail sobre o curso da Casa do Saber. Se puder, me dá um retorno, ok?
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