Entre as árvores da costa
se ouve a voz que vem do mar
ele sussurra
segreda
alguma coisa sem nome
– talvez revele
ao coração da terra
ao coração da terra
a dor secreta
que não cabe
nem se consola
nas grandes ondas
e resiste
a todas as investidas.
O coração das marés
entregue ao tempo
arremata
embala e adormece
as cinco luas de nossos sentidos.
11 comentários:
Neste lindo poema fui transportada para lá, para esse cenário onde entre as arvores se ouve o mar, aguardo as revelações que ele tem para me fazer.
Lindo poema Dade.
boa semana
abraço
oa.s
[como um pedaço, pedaço da raiz de cada maré em semeada em verso, que seduz e se diz]
um imenso abraço, Amiga Dade
Leonardo B.
Eu me perco e me encontro aqui
MARAVILHOSO, DADE!
O final é arrebatador!
Beijos!
Mirze
lindíssimo, adoro esse cenário de mar, onda, costa - uma das minhas imagens poéticas preferidas.
Beijos
essas luas foram-se de órbitas,
beijo
Que lindeza, este poema!
Beijo grande, querida Dade.
Cinco luas, cinco motivos para resistir às dores da vida.
Beijo.
Oi Dade, belo poema onde um pouquinho de cada um de nós está escondido... Bjs.
Cinco luas: matemática de nossos sentidos. Muito bom, Dade!
Cinco luas! Que bonito, hein?
Beijão!!!
Postar um comentário