Busco alguma vida
um reinício
mesmo desgastado
para repor as aves que fugiram
durante as décadas do engano.
As chuvas de hoje
fecundaram as margens da barragem.
As águas podem remover cidades
mesmo desgastado
para repor as aves que fugiram
durante as décadas do engano.
As chuvas de hoje
fecundaram as margens da barragem.
As águas podem remover cidades
e nada é para sempre
nem mesmo essa paisagem
nem a verdade que um dia
foi só nossa.
10 comentários:
"As chuvas de hoje
fecundaram as margens da barragem."
esse verso definiu a minha paisagem!
Beijos querida
Quando a vida dá seus saltos, se renova.
Beijos.
fatídica estrada essa, esse revolver dúbio,
abraço
As imagens diz um tom de úmido em teu poema, como algo que espera ser fecundado.
abraços
Estamos sempre nesse entreato. Mas é aí que está a beleza!!
Não há bem que sempre dure, já diziam nossos avós. Mas também não há mal que nunca se acabe. De qualquer jeito, os tempos de exílio são difíceis de atravessar.
Beijos, Dade.
Barragem é algo que nos define bem, contenções momentâneas de sentido que não resistem à voragem do tempo. Mas, enfim, as paisagens mudam de acordo com o ponto de vista.
Beijo, Dade.
Dade!
Profundo e belo poema onde está claro que nenhuma paisagem é nossa. Nem mesmo em fotografias. Elas mudam e se voltarmos perderemos a ilusão do que sentimos ali.
ARRASOU!
Beijos
Mirze
Nada, nada é para sempre...
Belo, belo poema...
Um beijão!!!
Lirismo de primeira, Dade.
Beijos.
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