domingo, dezembro 26, 2010

Paralelismos

O poema na folha do caderno
o vento o levou ao chão
e ficou a brincar com ele
como gato que brinca com um besouro
até que o besouro morre do brinquedo.

O poema jaz sob os pneus no asfalto
e o vento se diverte em outra janela.
Ao lado do besouro morto
o gato
toma contente seu leite na tigela.

9 comentários:

Jefferson Bessa disse...

do ritmo às imagens
lado a lado acontecem
simultâneas
simétricas.
Muito bonito, Dade!
Um beijo.
Jefferson

Zélia Guardiano disse...

Uma delícia de poema, Dade!
Tudo tão perfeitamente encaixado, como se sempre tivesse existido...
Adorei!
Grande abraço, querida.

Unknown disse...

e a poesia continua sua saga,


beijo

Unknown disse...

DADE!

Lindo poema, quase vivo. Fiquei chateada com o gato e com pena do poema. Tudo por causa do vento.

Beijos, querida!

Mirze

Anônimo disse...

Um encanto de poema Dade. Maravilha!

Beijos
G

Anônimo disse...

Ventos e gatos podem causar mais estragos do que a gente imagina...
Bjs
Cásar

Nilson disse...

Um besouro, um poema: o gato, o vento. Como num minueto!!!

Marcantonio disse...

Lembrei de um poeminha que escrevi:

Um poema nasce de outro
que ficou na estrada, morto.

Que tentação imaginar todos os poemas como folguedos de vento e gatos!

Beijo, Dade.

Nilson Barcelli disse...

Gostei imenso do teu poema. A poesia pode estabelecer todos os paralelismos que quisermos...
Dade, querida amiga, espero que o teu Natal tenha sido bom. E faço votos para que tenhas um excelente 2011.
Beijos.