Contorno o poema que jaz sem as raízes
palavra no papel.
Espero que desperte
como um menino quando
ainda cedo
a mãe tem pena de cortar seu sono.
Espero que tome a cor da vida
e acenda as palavras.
Resisto ao que não faz sombra
e desconfio do poema seco
do que não sofre
ignora a carícia
não ri nem contamina
e nunca chora.
Contorno toda suplência
da palavra que não sangra.
Perdoa
entendo tua agonia
que me contempla em paciência
enquanto fico aqui a lapidar
essa grandeza vazia dos poemas
que não viveram
ainda.
palavra no papel.
Espero que desperte
como um menino quando
ainda cedo
a mãe tem pena de cortar seu sono.
Espero que tome a cor da vida
e acenda as palavras.
Resisto ao que não faz sombra
e desconfio do poema seco
do que não sofre
ignora a carícia
não ri nem contamina
e nunca chora.
Contorno toda suplência
da palavra que não sangra.
Perdoa
entendo tua agonia
que me contempla em paciência
enquanto fico aqui a lapidar
essa grandeza vazia dos poemas
que não viveram
ainda.
7 comentários:
"contorno toda suplência
da palavra que não sangra"
Todo poema nasce em estado agônico. Gostei, Dade.
Um grande abraço.
Dade,
Que lindo!!
Beijos,
Carol
: )
Já li uma dúzia e meia de vezes, Adelaide. Que maravilha!
Grande beijo.
Também desconfio de certos poemas. Já dos seus, nem há como, batem tão fundo na gente que só há o que sentir.
Beijos.
este sangrou... e vive. grande, dade. beijo.
Tantos poemas que não viveram ainda. Alguns dos mais belos vão certamente nascer aqui!
a gestação dos versos e seus partos, os versos sempre partem. abraço
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