O corpo entregue à cidade
estreia a cada instante
estreia a cada instante
sensações abertas
de luz e sombra
de luz e sombra
e ruas conjugadas pelo sol
poeira e fumaça.
O corpo continente
treme de asfalto e trânsito
e de um desejo de encontro
e águas secretas.
Fora de alcance
poeira e fumaça.
O corpo continente
treme de asfalto e trânsito
e de um desejo de encontro
e águas secretas.
Fora de alcance
ele sabe
leitos de pensamento
clareiras de silêncio.
Outras estâncias
e o mar invade aos poucos
a praia da memória.
leitos de pensamento
clareiras de silêncio.
Outras estâncias
e o mar invade aos poucos
a praia da memória.
11 comentários:
Corpo mais devoto, impossível.
Lindo, de estremecer!
Beijo.
Passando para te ler, Dade.
Beijos
Belo passeio, Dade.
Beijão.
a tua poesia nunca poupa os inventos sutis, o pleno encanto dos tons, e essa saga(cidade). abraço
Essa cidade que engole o corpo parece ser o próprio mundo. Lindo, querida.
Bijo da AnaG
Nem tudo é cidade, mais forte é a memória. Somos dominados pela memória.
Um grande abraço.
Dade
Vim pagar visita, agradecer, e o que aqui encontrei me encantou!
Lindíssima, a sua poesia!
Voltarei sempre. Serei freguesa de caderneta...
Um grande abraço, querida.
Uma delícia o jeito como descreve o corpo, suas ambilências, na aventura do concreto e do imaginado. :)
*ambivalências
corpo que se faz a partir do toque do mundo. corpo de arredores, de cidades, de histórias...
Dade,
Quanto mais leio este poema, mais gosto dele.
Lindo mesmo!
Bjs e boa semana!
Carol
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