segunda-feira, maio 17, 2010

Corpo e cidade


O corpo entregue à cidade
estreia a cada instante
sensações abertas
de luz e sombra
e ruas conjugadas pelo sol
poeira e fumaça.

O corpo continente
treme de asfalto e trânsito
e de um desejo de encontro
e águas secretas.

Fora de alcance
ele sabe
leitos de pensamento
clareiras de silêncio.

Outras estâncias
e o mar invade aos poucos
a praia da memória.

11 comentários:

Anônimo disse...

Corpo mais devoto, impossível.

Lindo, de estremecer!

Beijo.

Lou Vilela disse...

Passando para te ler, Dade.

Beijos

Unknown disse...

Belo passeio, Dade.
Beijão.

Unknown disse...

a tua poesia nunca poupa os inventos sutis, o pleno encanto dos tons, e essa saga(cidade). abraço

Anônimo disse...

Essa cidade que engole o corpo parece ser o próprio mundo. Lindo, querida.

Bijo da AnaG

José Carlos Brandão disse...

Nem tudo é cidade, mais forte é a memória. Somos dominados pela memória.
Um grande abraço.

Zélia Guardiano disse...

Dade
Vim pagar visita, agradecer, e o que aqui encontrei me encantou!
Lindíssima, a sua poesia!
Voltarei sempre. Serei freguesa de caderneta...

Um grande abraço, querida.

Beta disse...

Uma delícia o jeito como descreve o corpo, suas ambilências, na aventura do concreto e do imaginado. :)

Beta disse...

*ambivalências

Carla disse...

corpo que se faz a partir do toque do mundo. corpo de arredores, de cidades, de histórias...

Carol Timm disse...

Dade,

Quanto mais leio este poema, mais gosto dele.

Lindo mesmo!

Bjs e boa semana!
Carol