Calor subindo do asfalto
voz
de vento
no
fim do dia.
É
lento o peso do céu
por
trás de nuvens que correm
e
pressentem
como
se o cheiro da chuva fosse um lobo
faminto
a se atirar entre as ovelhas.
Os
toldos se contorcem.
O
som escuro
é tormenta
catarse
do verão.
O
céu demora
em
percussões
oboés
afinados entre os galhos
festa
de gatos no cio
chuva
de grãos
em
multidões de ruídos nos telhados.
As gotas
logo
torrentes
cordas
de água torcidas
lavam
a terra
da
música mais bruta.
9 comentários:
belíssimo, belíssimo, belíssimo...sinto que as palavras não saíram no momento que deveriam. Teu poemaço me calou.
beijos
LINDA SINFOMIA, DADE!
O soim escuro escurece as nuvens, formam o vento. Gatos no cio, oboés em festa.
Perfeita sinfonia, que caso não se importe levarei para análise de um músico.
Beijos
Mirz3
Os versos finais até tilintam, muito lindo!
Beijo.
Os versos cantam em sintonia completa!!
Beijos
rufam dos tambores, ecoam tímpanos e equivalentes,
beijo
O mundo se contorce nas tempestades, a música é sempre a mais bruta. Belas imagens, Dade.
Beijos.
muito belo o poema
Belo.....
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