Robert Mc Intosh
Doem as previsões
o inacabado
e o cortejo dos sonhos sem futuro.
Doem medos persistentes
e a solidão
irmã gêmea.
o inacabado
e o cortejo dos sonhos sem futuro.
Doem medos persistentes
e a solidão
irmã gêmea.
Doem os chamados que não se escutaram.
Dói como raiz desenterrada
todo poder injusto
na servidão dos motivos.
Dói como raiz desenterrada
todo poder injusto
na servidão dos motivos.
Doem as interdições sem rosto
lobotomias incruentas do desejo.
10 comentários:
Indignação também causa dor, Dade. Magnífico. Beijo.
DADE!
às vezes penso que a vida gói mais que sorri.
"servidão dos motivos.
Doem as interdições sem rosto"
R ainda a dor que provoca o próprio corpo.
É de rara beleza esse poema que fala.
Beijos
Mirze
Muitas podem ser as dores.
E este final - "lobotomias incruentas do desejo" - é de uma beleza quase trágica, porque a vida é breve para que isso aconteça.
Beijo, poeta.
dói-me um rebanho de interjeições,
beijo
Às vezes fico meio assombrada com os poetas, de como criam beleza a partir das coisas de que ninguém quer falar.
O pior é que elas existem.
Beijo, Dade.
A beleza desse poema também dói!
Bj, bj!
DAde, sensível, quase que me aproximei dessa solidão.
Como eu sempre digo: poesia também é dor e dor nos eleva.
Beijinho, querida!
maravilhoso, a dor revestida de belos versos... chegamos a senti-la.
abraços
nenhum sorriso se povoa apenas de néctares, pólens e mel...
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