Do alto
Décimo
andar.
Um
dia de mar tão quieto
nem
uma brisa leve
na
trança do jasmineiro da varanda
onde
os insetos dormem.
Ruas
desertas
ramos
de asfalto quente
no
tronco da cidade.
Do
alto o mundo contempla
a
praia mais afastada
que
a vista não alcança da janela.
Alguma
coisa ressurge das camadas
de
sílica e distância
a
sombra tatuada bem ao fundo
e
coisas flutuando no silêncio
alguém
que se imobiliza
e
dilacera.
O
mar travado
a
vida
em
transe.
8 comentários:
O mar travado é uma sensação que eu já havia tido mas nunca tinha conseguido verbalizar.
Que beleza tão rara!
beijoss
Gostei por demais!
Beijo carinhoso.
Me senti tranquilo ao ler. Uma tranquilidade meio triste...bons poemas despertam sentimentos...
Abraço!
Belíssimo, Dade.
Beijos.
Um poema perfeito e emocionante.
Beijo do Ivan.
MARAVILHOSO, Dade!
A sensação do travo do mar empata com o transe da vida.
Beijos
Mirze
Lindo, Dade, muito lindo!
Beijosss
Alguém do décimo andar pode ver tudo isso, só depende dessa vida em transe.
Beijos.
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