segunda-feira, novembro 28, 2011

Milícia




Os anjos não padecem das pendências
nem dos propósitos roídos pelo tempo
de que os mortais carecem.
São seres redimidos
afiançados
bem nutridos
de impassível paciência
de perfeições sem saída
ilhados
sem descendência.

Nos ócios da eternidade
nem mesmo o tédio
nada supõem dos dias nem das horas
nada lamentam mas cumprem
sem remédio.

7 comentários:

Kelly disse...

E não é que anjo deve ser assim mesmo?
Muito legal, teu poema, adorei.

Beijocas.

Amélia disse...

Belo!Devwe ter sido por isso que o Mozart de Manuel Bandeira foi bem acolhido no céu...

Ivan disse...

Muito interessante, Dade querida.
Bjs

Unknown disse...

o ócio da eternidade: ofício de anjos



beijo

Gerana Damulakis disse...

Oi, dade. Só coloco algo no blog quando tenho tempo, mas sigo todos e não comento porque se fizer isto com um, pode ser que outro fique com ciúmes.
Sei, por exemplo, que o seu blog coluna do meio anda parado. Vc é tão boa na crônica quanto na poesia. O poema agora lido: espetacular. Bjão.

Unknown disse...

Dade!

Depois de Rilke eles devem mesmo ser assim!

Beijos

Mirze

césar disse...

Cumprem, e ai deles se não cumprirem!
Um poema delicioso, Dade.

Beijos.