Os anjos não
padecem das pendências
nem dos
propósitos roídos pelo tempo
de que os
mortais carecem.
São seres
redimidos
afiançados
bem nutridos
de impassível
paciência
de perfeições
sem saída
ilhados
sem descendência.
Nos ócios da
eternidade
nem mesmo o
tédio
nada supõem
dos dias nem das horas
nada lamentam
mas cumprem
sem remédio.
7 comentários:
E não é que anjo deve ser assim mesmo?
Muito legal, teu poema, adorei.
Beijocas.
Belo!Devwe ter sido por isso que o Mozart de Manuel Bandeira foi bem acolhido no céu...
Muito interessante, Dade querida.
Bjs
o ócio da eternidade: ofício de anjos
beijo
Oi, dade. Só coloco algo no blog quando tenho tempo, mas sigo todos e não comento porque se fizer isto com um, pode ser que outro fique com ciúmes.
Sei, por exemplo, que o seu blog coluna do meio anda parado. Vc é tão boa na crônica quanto na poesia. O poema agora lido: espetacular. Bjão.
Dade!
Depois de Rilke eles devem mesmo ser assim!
Beijos
Mirze
Cumprem, e ai deles se não cumprirem!
Um poema delicioso, Dade.
Beijos.
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