quarta-feira, abril 25, 2012

Exílios 1



Tantas árvores perdidas
são hoje madeira sem lei
ou lenha de queimadas
ainda verdes as folhas
a escurecer o mundo.

Segue no exílio do tempo
a ventania
sons de oboé
canto sem luzes
que não nos deixa ver
o fim do filme.

E enganadora
aproveitando o vento
cresce a fumaça.

8 comentários:

Iara Maria Carvalho disse...

as árvores em seus lamentos tão humanos.

poesia que transcende.

beijos lindona!

Unknown disse...

há o que queima e incensa os dias de
torpor e melancolia,

beijo

Ivan disse...

O fim do filme é uma incógnita absoluta.

Beijos do Ivan.

mfc disse...

A fumaça é sinal que nem tudo corre bem...
Beijos,

Jorge Pimenta disse...

há filmes cujo final é demasiado previsível para nos surpreender. e, não, não basta acenar com a cabeça como se fôssemos espetadores da linha da frente; fazemos parte do elenco. inevitavelmente.

beijinho!

Aloísio disse...

Terrível é o exílio do tempo em nossas vidas. A fumaça cresce sempre, mas não há como nos enganar.

Beijos, Dade.

Daniela Delias disse...

Tão linda a palavra "oboé"...e esse poema uma preciosi/dade...

Bjo, bjo

Cris de Souza disse...

sons de oboé me lembram assis!