quinta-feira, outubro 18, 2012

Raízes




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Voando a bordo do vento
alçam asas provisórias
papéis alados
notícias
ilusões
recibos e garantias
cartas rasgadas e folhas
intenções
e regalias.

Voam véus
cortinas
sonhos
e aves tontas na vidraça.

No chão
imóveis
raízes
responsáveis pelos galhos
e lenhos de nosso alento
ensinam
sem dizer nada
que na vida
nem tudo voa no vento.

11 comentários:

Unknown disse...

nem tudo voa no vento, mas há ar no sopro do invento




beijo

Ivan disse...

Belíssimo Dade. é um consolo saber que nem tudo voa no vento.

Beijos do Ivan.

Suzana Martins disse...

nem tudo tem asas, e o voar é só para as coisas que cabem tudo.

Beijos linda

Tatiana disse...

Dade, entre o teu céu e o teu chão há tanta poesia!..
Bjo

Marcelo R. Rezende disse...

Gostosa a forma como tudo no seu poema se encontra ou tem relação.

Lindíssimo.

Tania regina Contreiras disse...

Um poema esvoaçante, Dade. Muito bom te ler. Cada vez mais.
Beijos,

Aloísio disse...

Voar ou não voar, eis a questão...
um lindo poema!

Beijos.

Fred Caju disse...

Há quem nem precise de vento pra voar.

Anônimo disse...

...nem tudo!

"lenho do nosso alento"

Forte e bela! Beijinho de sábado chuvoso, uai...

Teté M. Jorge disse...

Ufffffff... que intento!!!!

Beijo carinhoso e uma flor.

Unknown disse...

Enraizar das palavras.

Belo!

Beijo,

Anna Amorim