Como explicar a angústia de mistura
com a alegria excessiva
e nunca o sono?
De dia o som das flautas
e ao sol posto
crescem raízes
e a música se cala.
Quando o silêncio desce
tortuoso
e a sombra tinge a escala
a voz da noite
é música interior de uma torrente,
anterior ao céu
semente de promessas
brotada no lugar de nosso encontro.
5 comentários:
Toda promessa deveria vir assim, em sinf(t)onia.
Beijo.
[das sombras que se restam entre uma noite e a seguinte, despojos de silêncio e promessa, se acontecem palavra]
um imenso abraço, Amiga Dade
Leonardo B.
Tão bonito, amiga!
linda linda poesia, um lugar de flautas e canto, tranquilo, até sente-se a paz, de uma natureza leve, transbordante :)
beijos!
As suas visões da noite são repletas de acentos simbolistas, musicalidade sincopada pela angústia e pelo pensamento que não adormece. Em contraste com o dia, espaço de ocupações, ela, a noite, terra das promissões que , às vezes, se perdem antes do alvorecer.
Beijo, Dade.
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