sexta-feira, março 04, 2011

Promessas

Como explicar a angústia de mistura
com a alegria excessiva
e nunca o sono?

De dia o som das flautas
e ao sol posto
crescem raízes
e a música se cala.

Quando o silêncio desce
tortuoso
e a sombra tinge a escala
a voz da noite
é música interior de uma torrente,
anterior ao céu
semente de promessas
brotada no lugar de nosso encontro.

5 comentários:

Anônimo disse...

Toda promessa deveria vir assim, em sinf(t)onia.

Beijo.

João A. Quadrado disse...

[das sombras que se restam entre uma noite e a seguinte, despojos de silêncio e promessa, se acontecem palavra]

um imenso abraço, Amiga Dade

Leonardo B.

Amélia disse...

Tão bonito, amiga!

Luiza Maciel Nogueira disse...

linda linda poesia, um lugar de flautas e canto, tranquilo, até sente-se a paz, de uma natureza leve, transbordante :)

beijos!

Marcantonio disse...

As suas visões da noite são repletas de acentos simbolistas, musicalidade sincopada pela angústia e pelo pensamento que não adormece. Em contraste com o dia, espaço de ocupações, ela, a noite, terra das promissões que , às vezes, se perdem antes do alvorecer.

Beijo, Dade.