quarta-feira, junho 08, 2011

Biografia


Há uma curva de estrada
como de vértebras.
Um corpo já cansado
de rotinas
num dia derrotado.

Há uma praia deserta
capaz de pensamentos
gaivotas de voo forte
aos olhos saturados
de inverdades.

Caminhos para o nada
céus de sono
amores descartados
segundas ordens sem uso
e em todos os momentos

desassossego
décadas inúteis
e a qualquer tempo
passado desapego
desmentidos.




9 comentários:

Luiza Maciel Nogueira disse...

simplesente adoro sua poesia, não tem nenhuma que eu não aplauda e ache linda

beijos!

João A. Quadrado disse...

[tanto do corpo em desalinho que se acontece palavra na linha, equilíbrio, renovo de caminho]

um imenso abraço, Amiga Dade

Leonardo B.

Sândrio cândido. disse...

Ao descobrir a tua poesia eu embriago nesta perfeita descrição do homem
beijos

Úrsula Avner disse...

Oi Dade, uma melancolia bem versejada... Lindo poema ! Bj.

Márcia disse...

Fotografia perfeita, essa Biografia nostálgica e linda.

Beijo da Márcia

José Carlos Brandão disse...

Versos de grande sensibilidade, Dade.
Abraços.

Ivan disse...

Dade querida, esse é de mestre, no caso, mestra.

Beijos.

dade amorim disse...

Márcia, me manda teu número, tá?
Beijo pra você.

César disse...

Tão perfeito e verdadeiro, só mesmo você poderia ter escrito.

Beijo