(...)
daria todas as metáforas
em troca de uma palavra
arrancada do meu peito como uma costela
por uma palavra
contida dentro dos limites
da minha pele
(...)
Zbigniew
Herbert
Às vezes durante dias não dizia
nada
embaraçada em pensamentos velozes
emaranhados como galhos velhos de
cajueiro
ou voando concêntricos em torno
de alguma coisa que não conseguia
descobrir
como dizer com que palavras.
Às vezes falava coisas sem rumo
definido
coisas do dia-a-dia – o carteiro
as compras a cozinha
como se contornasse o território
cego
da coisa que não dizia
contida dentro da pele que não
sua
e mal respira.
11 comentários:
Dade, adoro todos os teus escritos...agora...esse tem uma densidade que me pegou de jeito. É belíssimo, simplesmente lindo.
Bjos!
Às vezes dizia coisas inteiras que eram entedidas por ti...
Que delícia a leveza de suas palavras!!
Beijos
[...] pensamentos velozes emaranhados como galhos velhos de cajueiro ou voando concêntricos em torno de alguma coisa que não conseguia descobrir [...]
Adorei o teu poema. Foste brilhante com as tuas palavras.
Beijo, querida amiga Dade.
a pele que não sua, sua pele
beijo
Belíssimo, Dade.
Beijo do JL
Esse é um daqueles que a gente guarda para reler de vez em quando.
Bjs.
gostei
abraços
Arrepiou! Desde a citação até o ponto final.
Beijo, Dade.
Magnífico, minha querida Dade!
Lindo demais!
Tuas palavras fluem de uma forma extraordinária!
São plumas, ao mesmo tempo que densas... Um feliz enigma...
Beijos, querida!
Que lindo, Dade!
Só mesmo essa delicadeza que você traz na alma para nos inebriar com essa pele,
Beijos
Mirze
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