Segues um rastro imóvel
entalhado na praia
e todo gesto
revela a face dupla de um tempo renitente.
Vives entre coisas guardadas
os objetos as fotos
letras que acendem sóis impenitentes
que há tanto tempo perderam seu calor.
Tudo te guarda de ti e te entristece.
Hoje faz sol
e o ar invade os poros
vem ver
me dá tua mão
vamos até a janela.
5 comentários:
O calor e a luz que espantam a poeira guardada.
Belo, como sempre, poetisa!
Beijo.
Sugiro a audição da canção de Zeca afonso:
http://www.youtube.com/watch?v=hslG0BCFNSQ&feature=related
balada de intenso lirismo, os olhos ficam calmos ante os versos.
abraço
Uma doce beleza sobe desse poema como um perfume, uma luz.
Beijos do Ivan
O fundo musical está delicioso!...
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