sexta-feira, abril 29, 2011

Poema amigo – Esther Lúcio Bittencourt.

o poema começa síncope
na minha lacuna, seu desespero
começa quando termina e vai
em púrpuras e sons se almejando.

na verdade o poema não começa
está latente na vertente da síntese
como bilabiais cevando os dentes
ou surtos de sangue em veias vazias

o poema começa e termina
na incisão precisa do meu traço
na invenção que expõe cada pedaço
a esta luz voraz, tão íntima.


2 comentários:

Graça Pires disse...

"o poema começa e termina
na incisão precisa do meu traço
na invenção que expõe cada pedaço
a esta luz voraz, tão íntima" Muito belo!
Um beijo, amiga.

Luiza Maciel Nogueira disse...

se me permite dizer: poema MARAVILHOSO

beijos!