O vento é frio.
Ecos avulsos de vozes distantes
contam sua pressa de encontrar abrigo.
Da janela olha sem ver
cenários desenhados
muros calçadas
as árvores sem folhas
que vão servir à construção
do inverno.
Quando chega o outono
do mar aos morros
as vidas da cidade compõem
constelações
e os olhares entristecem um pouco
para a estação da espera.
7 comentários:
[Serena construção do mundo, de estação em estação, pela idade da nossa palavra adentro]
um imenso abraço, Amiga Dade
Leonardo B.
Parece que andamos todos em busca de abrigo... Beijos, dade.
Construindo o inverno... O outono tem um estigma de tristeza. Uma poesia silente, leve e tão bonita. Beijo
OOutono e os olhares entristecidos têm tudo a ver.
abraço
Eu adoro o outono dos céus mais belos, é a mais humana das estações com suas quedas e perdas de células, digo, folhas...
Beijo, Dade.
Oi Dade, a melancolia em seus poemas encanta... Bj.
Nossa, vi uma cidade personificada, o rosto desenhado em seu poema.
Muito bom, flor.
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