sexta-feira, março 23, 2012

De repente


Há momentos
em que os sentidos
gritam surpresas
como se o mar
mudasse suas correntes.
Uma outra vida
chegando insuspeitada
amadurece manhãs
inesperadas
de um impossível sol
que nos abrasa.
De repente
tudo que se pensava
gera o eclipse
para que a nova luz
nos cegue
irresistível.

14 comentários:

Bia disse...

Nossa, que beleza esse poema, pura poesia, um sentimento tão forte abrindo caminhos, acendendo luzes.

Beijos, querida Dade.

Unknown disse...

Acho que esse é um dos seus GRANDES poemas, Dade.
Um beijo.

Breve Leonardo disse...

[quando o mar parece sereno,

eis que outra maré o revolve,
revolta na palavra!]

Rendido... como se não tivesse já, há muito!

Um imenso abraço, Amiga Dade

Leonardo B.

Ivan disse...

Que venha a nova luz...

Beijos do Ivan.

Sândrio cândido. disse...

momentos como este nos condensam por inteiros
abraços

Fred Caju disse...

Dou meus olhos à luz, tranquilamente.

Unknown disse...

Visões de uma grande poeta.

Esses "de repente" surgem inesperadamente. Vivo mais de eclipses.

Beijos

Mirze

Jorge Pimenta disse...

e os sentidos estremecem no pólen da renovação.

beijinho, dade!

mfc disse...

Tudo se sucede na nossa frente... como luzes que renascem!

Unknown disse...

como aquela caverna de platão, em que a luz é dádiva de cegueira


beijo

Teté M. Jorge disse...

Impressionante sentir pelo avesso...

Beijo.

Daniela Delias disse...

De repente...não mais que de repente!
Lindo, lindo, lindo.
:)

Cris de Souza disse...

De repente tudo se aclara- em pleno anoitecer.

Beijo, Dade!

Marcel Fernandes disse...

belo poema