É tantas vezes dia
céu aberto
ao canto dissonante da cidade.
Ela é trindade
como se fosse o pai a mãe e o filho novo
- mas tantas vezes caminha
mãos vazias.
Tantas vezes feliz como uma casa
de janelas azuis
e tantas vezes chuva e desalento
chama ao vento
e outras tempestade
7 comentários:
Que bom que nunca somos os mesmos. Embora às vezes doa é assim que sentimos a beleza da vida.
bjs
[do tudo ao pouco, do pouco ao imenso, do imenso a liquida tinta, tudo se transforma... e sobra, no mais das vezes, um dilema - como se fosse um bónus!]
um imenso abraço, Amiga Dade
Leonardo B.
Esse final é tão surpreendente e faz pensar...
Beijo do
Ivan
breve diário, aqui se conta as contas de um dia, ou de todos eles. Sua poesia é luminosa poeta Dade.
Somos tantas coisas que, por vezes, nem nos damos conta disso.
Escrever "sou tempestade no dia em que os guarda-chuvas fugiram da cidade" é saber poético ao nível da excelência.
Como todo o poema, de resto.
Querida amiga, tenha om bom fim de semana.
Beijo.
E são tantos os dias, tantos. Mudam as estações e o tempo - dentro e fora de nós. Lindo, Dade. Mas este poema fez minha tarde mais clara. beijo!
Muito bonita a cadência versando com o tema.
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