quinta-feira, março 25, 2010

Guarda-chuvas


É tantas vezes dia
céu aberto
ao canto dissonante da cidade.
Ela é trindade
como se fosse o pai a mãe e o filho novo
- mas tantas vezes caminha
mãos vazias.

Tantas vezes feliz como uma casa
de janelas azuis
e tantas vezes chuva e desalento
chama ao vento
e outras tempestade

7 comentários:

Sônia Brandão disse...

Que bom que nunca somos os mesmos. Embora às vezes doa é assim que sentimos a beleza da vida.

bjs

João A. Quadrado disse...

[do tudo ao pouco, do pouco ao imenso, do imenso a liquida tinta, tudo se transforma... e sobra, no mais das vezes, um dilema - como se fosse um bónus!]

um imenso abraço, Amiga Dade

Leonardo B.

Anônimo disse...

Esse final é tão surpreendente e faz pensar...

Beijo do
Ivan

Unknown disse...

breve diário, aqui se conta as contas de um dia, ou de todos eles. Sua poesia é luminosa poeta Dade.

Nilson Barcelli disse...

Somos tantas coisas que, por vezes, nem nos damos conta disso.

Escrever "sou tempestade no dia em que os guarda-chuvas fugiram da cidade" é saber poético ao nível da excelência.
Como todo o poema, de resto.

Querida amiga, tenha om bom fim de semana.
Beijo.

nydia bonetti disse...

E são tantos os dias, tantos. Mudam as estações e o tempo - dentro e fora de nós. Lindo, Dade. Mas este poema fez minha tarde mais clara. beijo!

Gerana Damulakis disse...

Muito bonita a cadência versando com o tema.