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Dona da noite e da tempestade
vejo o que desejo ver
sobrevoo a utilidade que me sufoca
nego-me a ser ferramenta
da obra que vai me soterrar
e aqui já não jaz
– é uma clareira
cercada de florestas
alma nova
um sacudir de cabelos
ombros em liberdade –
desapegada e livre enfim
de perfunctórias aporrinhações.
8
Rasgo meticulosa a folha
do orçamento em que trabalhava
e faço uma gaivota com ela.
Apesar da chuva
voa como uma pomba branca
treva adentro
e eu vou com ela.
11 comentários:
Dade, que ótima série poética essa!
Linda e muito bem imaginada. Estou gostando de ler e de sonhar com este "bom emprego".
Estou de férias até quarta 02/11. Hoje, com a tarde tomada, mas amanhã e quarta ainda em aberto. Quero muito ver um filme japonês "A Árvore do Amor", em cartaz no Espaço Sesc Botafogo. Se vc pudesse me acompanhar no cinema e café seria ótimo...
Aguardo ansiosa nosso próximo encontro.
Bjs,
Carol
gostei do tom e das imagens.
abraços
Um bom emprego às vezes é um motivo de perda de vida. Sabemos disso, todos nós, que conseguimos "BONS EMPREGOS".
Beijos.
Eu tô amando essas cantigas rs...
Que coisa bonita!
ah, os pequenos prazeres! a ideia de voar nas asas de papel de um orçamento é de um lirismo estonteante.
beijinho!
essa foi de voo em espaço aberto,
beijo
Dade, sua poesia tem um movimento libertador. Suas ideias têm!
beijoss
Você traduziu meu atual pensamento em belíssimos versos. Também estou livre para voar como a gaivota da sua poesia e mais feliz do que nunca.
Lindo demais! Amei!
Não cheguei a esse extremo, mas bem que fui tentado...
Beijo, Dade.
e me leva junto!
tô adorando suas cantigas...
beijo, querida*
Dade!
Que série maravilhosa!
"nego-me a ser ferramenta da obra que vai me soterrar e aqui já não jaz – é uma clareira cercada de florestas"
Destaquei porque me emocionei!
LIndo, lindo!
Beijos
Mirze
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