Em calendários suspensos
o armário guarda um passado
que já não veste o presente
mas a estação tece a espera
a retomar fios soltos
num bordado paciente.
Na esfera sem saída que é o mundo
a história recomeça a cada instante
: era outra vez uma vez.
10 comentários:
Belo poema, Dade. Não vi onde posso seguir seu blog.
Abs
Ronaldo
O passado tece fios para toda a eternidade.
Tão bom lê-la...
beijinhos
oa.s
" era outra vez uma vez"
O eterno retorno
abraços
Perfeito, Dade, e como sempre muito bom de ler.
Beijos.
Esse final é um poema por si só.
Lindo
Beijo, Dade.
Dos fios do passado se tece o presente.
Beleza, Dade.
bjs
A Dade é uma poetisa inspiradora. Que o lirismo jamais se separe dos seus versos. E que a beleza das suas palavras possa perdurar no tempo ad infinitum.
Belíssimo, Dade!
Você é incrível!
Beijos
Mirze
A palavra "calendário" é de uma beleza, né Dade???
Bjos cheios de carinho!
O passado sempre está misturado a nosso presente, assim como também, o nosso presente tece com os seus fios o nosso futuro... belo, beijos!
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