A luz de ruína da lua
racha colunas de gelo
desde o Ártico
até os pilotis de nosso prédio.
(Esses contornos de prata
assim escura
decodificam o mundo.)
Juízos equivocados
ilhas maduras
e raízes desterradas
revolvem o concreto desgastado
que a lua deposita nas calçadas.
Asas de fogo frio
roçam leves
pelo corpo do oceano.
7 comentários:
gostei muito
abraços
gostei muito
abraços
Desde o primeiro verso, o seu poema já nos rapta, viramos sombra à luz dele. Maravilhoso!
Maravilha, Dade!
A cada verso enluarado, vi meu corpo ser roçado pelas asas de fogo frio. E nem sou oceano.
Beijos, poetisa!
Mirze
há algo de infinitamente belo e sedutor nas ruínas que bordejam cada contorno do mundo e das suas/nossas criações. afinal, a síntese das coisas é o "fogo frio" vertical que escorre desde a lua até à calçada mais ínfima que existe em cada um de nós.
arrebatadora belo, querida dade!
um beijinho!
ruínas em alta... belo poema, dade!
beijo, querida.
Dade, esse é um daqueles poemas que costumo guardar numa coleção de prediletos. Parabéns por ele.
Beijos.
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